Descobrir o perigo do pagamento mínimo cartão pode ser o alerta que faltava para evitar uma bola de neve financeira. Muita gente acredita que pagar só o mínimo do cartão de crédito é uma solução rápida para apertos no orçamento, mas a realidade é bem diferente. O que parece um alívio imediato pode se transformar em uma dívida difícil de controlar, com juros altos e impacto direto no seu score de crédito.
Entenda agora, de forma simples e direta, o que acontece quando você opta por essa alternativa e como proteger seu bolso de surpresas desagradáveis.
O que é o pagamento mínimo do cartão?
O pagamento mínimo cartão é o valor mínimo que você pode pagar da sua fatura para evitar a inadimplência. Geralmente, esse valor corresponde a cerca de 15% do total da fatura, mas pode variar conforme o banco. Ao pagar só o mínimo, o restante do saldo entra no chamado crédito rotativo, que é um dos tipos de crédito mais caros do mercado.
Como funciona o pagamento mínimo cartão de crédito?
Quando você paga apenas o mínimo, o valor restante é financiado automaticamente pelo banco, com a cobrança de juros do crédito rotativo. No mês seguinte, a nova fatura já vem com esses juros embutidos, além de possíveis encargos e IOF. Isso faz com que a dívida cresça rapidamente, dificultando o pagamento total.
Como funcionam os juros do crédito rotativo?
Os juros do crédito rotativo são conhecidos por serem os mais altos do mercado financeiro brasileiro. Segundo o Banco Central, a taxa média anual pode ultrapassar 300%. Ou seja, uma dívida de R$ 1.000 pode se transformar em mais de R$ 3.000 em apenas um ano, caso o pagamento mínimo seja mantido.
Exemplo prático de cálculo de juros
- Fatura: R$ 1.000
- Pagamento mínimo (15%): R$ 150
- Saldo financiado: R$ 850
- Juros rotativo (15% ao mês): R$ 127,50
- Nova dívida no mês seguinte: R$ 977,50
Em poucos meses, a dívida pode dobrar, mostrando o risco do pagamento mínimo cartão de crédito.
Quais os riscos de pagar só o mínimo?
- Dívida crescente: Os juros altos fazem a dívida aumentar rapidamente.
- Comprometimento do orçamento: Parte da renda fica presa ao pagamento de juros.
- Impacto no score de crédito: O uso frequente do rotativo pode reduzir sua pontuação.
- Restrição de crédito: Bancos podem limitar ou bloquear o cartão.
Depoimento de especialista financeiro
Segundo a educadora financeira Nathalia Arcuri, “o pagamento mínimo é uma armadilha. O ideal é sempre quitar o valor total da fatura para evitar juros abusivos e manter a saúde financeira em dia”.
Alternativas ao pagamento mínimo
- Parcelamento da fatura: Negocie o parcelamento com o banco, que geralmente oferece juros menores que o rotativo.
- Empréstimo pessoal: Pode ter taxas mais baixas do que o crédito rotativo.
- Renegociação: Busque acordos para quitar a dívida com descontos.
- Uso consciente do cartão: Planeje os gastos e evite compras por impulso.
Confira simuladores de dívidas em plataformas como o Serasa Limpa Nome ou o Banco Central para entender o impacto dos juros.
Como sair do rotativo do cartão?
- Priorize o pagamento total da fatura sempre que possível.
- Negocie o parcelamento da dívida com o banco.
- Considere um empréstimo com juros menores para quitar o cartão.
- Evite novos gastos até regularizar a situação.
Dicas para evitar dívidas no cartão
- Controle os gastos e registre todas as compras.
- Evite parcelamentos longos e compras por impulso.
- Programe o pagamento da fatura para não esquecer o vencimento.
- Use aplicativos de finanças para monitorar o orçamento.
Saiba como organizar seu orçamento acessando conteúdos sobre educação financeira.
Impacto do pagamento mínimo no score de crédito
O uso frequente do pagamento mínimo cartão pode sinalizar ao mercado que você está com dificuldades financeiras. Isso pode reduzir seu score de crédito, dificultando a aprovação de empréstimos e financiamentos no futuro. Manter o pagamento em dia e evitar o rotativo são atitudes que ajudam a preservar e até aumentar sua pontuação.
Para entender melhor, veja como funciona e os sete sinais de alerta que influencia sua vida financeira.